O ABRAÇO CORPORATIVO - Por: Maria Eduarda Salgado


 
Tudo aquilo que é divulgado pelas mídias é mesmo necessário?

Acreditava que sim, até assistir O Abraço Corporativo. O documentário brasileiro estreou em 2009, exatamente por isso, sua estética visual não é das melhores, mas o conteúdo é digno de reflexões acerca do mundo da comunicação atual.

A narrativa se dá a partir de um personagem fictício que apresenta uma teoria do abraço corporativo, onde as pessoas estavam perdendo suas conexões umas com as outras com a ascensão das tecnologias, por se falarem apenas por e-mails e mensagens, e que a falta de contato físico estava causando problemas emocionais nas relações das pessoas e afetando a comunicação interna das empresas.

Contudo, não passava de um personagem, que acabou sendo retratado pela mídia como uma pessoa real. Diante disso somos questionados a respeito de como a imprensa cria suas pautas, e mostra as falhas de empresas jornalísticas ao não fazer uma boa checagem dos fatos.

O mesmo aconteceu com um personagem se passando por um grande artista japonês, que havia enviado seu portifólio, que não passava de imagens tiradas de seu gato em casa. O personagem foi parar nas páginas iniciais de diversos jornais, e entrevistas foram realizadas, sem a apuração correta dos fatos novamente.

Ao serem revelados como personagens, os jornais de dividiram em dois blocos, os que consideraram o feito como desrespeito, e os que entenderam o erro cometido por suas equipes, e usaram a comédia para retratar o caso em suas manchetes.

É então apresentado um conjunto de depoimentos realizados com profissionais de comunicação e políticos com a colaboração de: Juca Kfouri, Eugênio Bucci, Contardo Calligaris, Bob Fernandes e Paulo Cláudio Lembo. Todos retratando o crescimento do espaço midiático, a convergência e influência digital e o antigo jornalismo em comparação ao novo formato de se fazer jornalismo.


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