GIRL BOSS

A história de Sophia Amoruso, criadora da Nasty Gal

 

                                                                                                     Por Gabriela Santos





Você já ouviu falar da #GirlBoss? 


O termo que ficou conhecido após a série homônima da Netflix, exalta o poder da mulher empreendedora e foi criado por Sophia Amoruso, fundadora de um dos maiores e-commerces de roupas e acessórios femininos do mundo. Nascida de um brechó online, a marca virou case de sucesso após o estouro do livro e da série inspirados na trajetória de Sophia, apesar de transmitirem perspectivas diferentes. 


A garota norte-americana não teve uma vida regada por privilégios. Ao contrário do que se possa imaginar, em sua adolescência conturbada, decidiu sair da casa dos pais após o divórcio do casal e passou diversos perrengues, como viajar pela costa oeste dos EUA de carona, furtando lojas e revirando caçambas de lixo. Aos 22 anos de idade, após passar por vários empregos, ela decide garimpar roupas vintage em brechós para vendê-las no eBay, famosa plataforma americana de compra e venda.

No início, Sophia era a responsável por todas as etapas da loja e, com todo esse esforço, logo a Nasty Gal se tornou popular entre os consumidores do eBay. De acordo com uma reportagem da revista Forbes, em seis anos de existência, a empresa já havia vendido mais de US$300 milhões de dólares. Após notar o crescimento notável do empreendimento e ser banida do eBay por práticas proibidas, decidiu criar um site para ampliar as vendas. Mesmo com dificuldades financeiras, Sophia não desistiu de sua marca. “Como eu não tinha nenhum amparo financeiro externo para me apoiar, tive que me matar para fazer com que os negócios fossem lucrativos desde o primeiro dia. No fim, a Nasty Gal chegou a uma renda de U$28 milhões sem pedir nenhum centavo emprestado”, conta em seu livro autobiográfico.

Entre as estratégias da empresa, as fotos icônicas das roupas e o conceito de “peça única” no mercado foram curingas para alavancar o sucesso. No livro e em suas palestras, Sophia aponta a importância de investir em conhecimento para garantir a ascensão de sua marca e para ela, gerar conteúdos próprios, genuínos e de muita qualidade também auxiliam nesse processo de reconhecimento e crescimento. Por conseguir o inimaginável, toda essa bagagem de empreendedorismo foi notada por grandes veículos de comunicação mundiais. O jornal americano “New York Times“ chamou Sophia de “Cinderella of Tech” e, em 2016, ela foi considerada uma das 60 mulheres “donas do próprio sucesso” mais ricas do mundo, segundo a Forbes.


Analisar um império da moda construído com muito trabalho por uma mulher sem estudos e sem credibilidade na sociedade é uma tarefa complicada. Existem inúmeras empreendedoras no mundo todo que se inspiram em Sophia Amoruso e fortalecem o movimento criado pela empresária. A definição de #girlboss para ela “É alguém que está no comando de sua própria vida. Ela consegue o que quer porque trabalha para isso. Você leva a vida a sério, mas não se leva a sério demais. Você é foda!”


Em outras falas de seu livro, a empresária aborda a importância de empreender e saber se isso é, realmente, algo que você gosta. Para Sophia, existem dois tipos de empreendedores: aqueles que abrem uma empresa porque estudaram e optaram por fazer negócios, e aqueles que fazem negócios porque são, de fato, empresários. Nas suas estratégias para criar conteúdo, ela fornecia às suas clientes um serviço de consultoria de estilo sem perceber e propagava mensagens de incentivo no site e em suas palestras. O girlboss.com tem o objetivo de conectar mulheres para compartilhar conhecimentos sobre  carreira, finanças pessoais, relacionamentos, etc.


O impacto de Sophia Amoruso na sociedade é notável e digno de aplausos. Apesar de não ser mais a proprietária da Nasty Gal, a marca de milhões de dólares foi vendida para uma empresa britânica em 2017 após falência. Amoruso trouxe novos ares para o mercado feminino e segue sendo autoridade quando o assunto é empreendedorismo.





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