Entrevista com Assessoria do Guarani Esporte Clube - Como o clube se mantêm durante a pandemia?
A grave crise sanitária e econômica gerada pela pandemia de Covid-19 alterou a situação dos clubes de futebol do interior do Brasil. Após a paralisação dos campeonatos nacionais e estaduais pelo Brasil, muitos jogadores profissionais tiveram seus contratos encerrados e enfrentaram grandes dificuldades para sobreviver e sustentar suas famílias.
Para as diretorias, manter o clube existindo durante e após o término da crise demanda muito trabalho, criatividade e organização, principalmente após trocas de comandos na agremiação.
Em entrevista com a assessoria de comunicação do Guarani Esporte Clube, de Divinópolis, fica claro como as equipes tem dificuldades em manter a instituição em atividade.
Antes do começo da pandemia, o Bugre, como é conhecido, já passava por transtornos por não conseguir receita de cotas de TV. No módulo 2 do Campeonato Mineiro, divisão em que o clube disputa, não há pagamento por direitos de transmissão dos jogos.
Após a troca de diretoria, muita coisa que existia na antiga gestão deixou de existir. Vários setores do clube passaram por reformulações, tendo que demitir funcionários e contratar novos colaboradores para atuar na nova administração.
A equipe, que antes da paralisação, brigava para voltar à elite do futebol mineiro até a parada do torneio, precisou vencer na última rodada, após quatro derrotas, livrando-o do rebaixamento para a segunda divisão da competição.
Os atletas tiveram seus vínculos encerrados por falta de condições do clube em pagar despesas trabalhistas, obrigando-os a arcarem com seus condicionamentos físicos.
O clube se manteve através dos patrocinadores e de uma
redução da folha salarial. Foi dada ênfase à publicidade, melhorando as redes sociais, aumentando o engajamento e visibilidade, que serviu
como ativação de patrocínios, ajudando a manter algumas
parcerias.
O foco, agora, está voltado para as categorias menores,
preparando o futuro do clube a partir da base. É desse foco que foi criada a
Academia de Futebol Guarani Esporte Clube, instituição voltada para o
futebol de alto rendimento. Nesta academia, é oferecido aos jovens toda a
logística e recursos humanos utilizada no profissional, preparando o elenco
sub-17 e sub-20 para fazer uso de vários desses jovens no
profissional.
Ainda segundo a assessoria de comunicação, o setor mais afetado pela parada foi o futebol, por causa do longo tempo em inatividade. Novos atletas foram contratados, o que prejudicou bastante o desempenho em campo. Se antes de março, a equipe estava em quarto na tabela, a partir da retomada, foram quatro derrotas e uma vitória, que a salvou do rebaixamento.
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