Resenha do Filme: Cidadão Kane, dirigido, escrito, produzido e estrelado por Orson Welles.

DAVIDSON DAMASCENO

O filme Cidadão Kane (Citizen Kane), foi o primeiro longa metragem de Welles, ganhador do Oscar na categoria de melhor roteiro original para Herman J. Mankiewicz e o próprio Welles. Único Oscar conquistado pelo Orson Welles em sua carreira, com a exceção é claro do Oscar Honorário de 1970.

Mesmo com todo o sucesso alcançado entre os críticos, Citizen Kane não conseguiu recuperar os seus custos nas bilheterias. O filme foi esquecido logo depois, mas sua reputação melhorou, inicialmente com os críticos franceses e,

acima de tudo, depois de sua reestreia nos Estados Unidos no ano de 1956. O filme é considerado uma das obras-primas da história do cinema, sendo apontado por muitos críticos como o maior filme já produzido, e apreciado por ter apresentado uma inovação na música, fotografia e também em sua estrutura narrativa.

A trama é baseada na vida do milionário jornalista William Randolph Hearst. O filme inicia com a sua morte. 

Depois de um intenso sensacionalismo em cima da notícia de sua morte, o jornalista Jerry Thompson (William Alland) recebe o encargo de investigar a vida de Kane, a fim de descobrir o significado de sua última palavra (Rosebud). Ele entrevista as pessoas mais próximas do protagonista, além de consultar o diário pessoal de Thatcher (George Coulouris), o falecido tutor e administrador dos bens de Kane.

A história leva ao espectador um mergulho na vida de um homem solitário, que desde a infância é obrigado a seguir a vontade alheia. Ninguém se importa com Kane, que busca por meio da aquisição de bens a adoração das pessoas.

O Jornalista Thompson, após uma incessante investigação sobre a vida de Kane através de relatos, se vê incapaz de descobrir o significado da palavra, concluindo que Charles Foster Kane era um homem que possuiu tudo o que quis, e em seguida perdeu tudo.

Ao final o público descobre o real significado de Rosebud. Vale apena conferir.