Artigo: A comunicação estratégica nas organizações contemporâneas
Por Virgínia Rabelo
Kunsch, M. M. K. (2018). A comunicação estratégica nas organizações contemporâneas. Media & Jornalismo, 18(33), 13-24. https://doi.org/10.14195/2183-5462_33_1
A comunicação estratégica
constitui na atualidade um tema que tem despertado muito interesse tanto no
âmbito acadêmico como no mercado das comunicações corporativas. O principal
objetivo do artigo é reunir algumas reflexões sobre novos aportes teóricos de
comunicação organizacional, estratégia e relações públicas com o intuito de se
chegar a construir uma base conceitual mais abrangente.
O que o norteia é,
sobretudo, trazer possíveis contribuições reflexivas com vistas a uma
comunicação organizacional estratégica mais sintonizada com a dinâmica social,
coerente com os princípios éticos e que atenda às demandas da sociedade.
Pensar em comunicação
estratégica remete inexoravelmente ao exercício do poder presente nos processos
e no exercício das negociações por parte dos atores envolvidos nas mais
diversas e possíveis aplicações no contexto das esferas públicas e privadas da
sociedade. O poder que a comunicação, em suas mais variadas vertentes e
tipologias, bem como os meios massivos tradicionais e as mídias sociais da era
digital exercem na sociedade contemporânea é uma realidade incontestável.
O artgo reafirma ser a
comunicação uma das maiores questões do século XXI: Em menos de cem anos foram
inventados e democratizados o telefone, o rádio, a imprensa de grande público,
o cinema, a televisão, o computador, as redes, transformando definitivamente as
condições de troca e de relação, reduzindo as distâncias e realizando a tão
desejada aldeia global.
A comunicação organizacional, na contemporaneidade,
assim como as demais áreas da comunicação, passa por grandes transformações
face à era digital e as novas as exigências da sociedade e do mundo econômico e
político. Percebia-se que ações isoladas de comunicação de marketing seriam
insuficientes para fazer frente aos novos mercados competitivos e para se
relacionar com públicos cada vez mais exigentes e uma opinião pública sempre
mais vigilante.
Ao se somar a cultura do
“outro” à da organização, a qual possui seus valores e atua em determinados contextos
sociais, políticos e econômicos, as pessoas se submetem a contínuas interações,
sob diferentes perspectivas e conflitos que permeiam o ato comunicativo no
interior das organizações. Daí a
necessidade de se superar a visão meramente mecanicista da comunicação ou sua
dimensão apenas instrumental e incorporar uma visão humanista, com aportes conceituais
dos paradigmas interpretativos e crítico da comunicação organizacional.
Tudo isso provoca profundas
transformações no ambiente organizacional e coloca em xeque a visão e a
classificação tradicional de ver a comunicação tão somente como transmissão de
informações e como simples fator estratégico para alavancar negócios.
No entanto, deve haver total
integração entre as modalidades comunicacionais para a busca e o alcance da
eficácia, da eficiência e da efetividade organizacional, em benefício dos
públicos e da sociedade como um todo e não só das organizações. Ou seja, deve ajudar as organizações a
valorizar as pessoas e a cumprir sua missão, atingir seus objetivos globais,
contribuir na fixação pública dos seus valores e nas ações para atingir seu
ideário no contexto de uma visão de mundo, sob a égide dos princípios éticos.
Logo, a complexidade dos
tempos atuais, decorrente
do fenômeno da
globalização, da revolução tecnológica da informação e da era digital,
exige das organizações uma nova
postura e uma
comunicação estrategicamente planejada. Para tanto, é preciso fazer a leitura das
realidades situacionais, observando -as, interpretando -as, tentando compreende-las
como estruturas cognitivas que cada pessoa possui e dentre as quais,
certamente, selecionará o que de fato lhe interessa, criando significados
próprios e reagindo em função de circunstâncias condicionadoras ou não.
Gostei do texto! Sintetizou bem a ideia geral.
ResponderEliminar