RESENHA PODCAST RÁDIO PEÃO – POR SARA MAIA


No podcast Rádio Peão - você s/a os episódios vão ao ar toda quarta-feira na parte da manhã. Os jornalistas tratam sobre liderança, comunicação, trabalho e saúde, entre outras temáticas. Para o presente trabalho foi analisado o episódio 40 com o tema: 'Comunicação à prova da crise'. Produção e apresentação Elisa Tozzi. Mariana Poli, apresentação. 

No episódio analisado elas falam sobre a comunicação e como ela tem o poder de transformar o ambiente de trabalho para o bem ou para o mal. Iniciam tratando que a crise do coronavírus parece ter piorado a comunicação e feito com que erros de interpretação de mensagens e agressões verbais de chefes se tornassem mais recorrentes. Para tratar do que pode ser feito para ter uma boa comunicação em meio a crises entrevistam Andreia Nunes, coordenadora do projeto Cultura de Paz do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) São Paulo e Nolah Lima, co-fundadora e facilitadora do Instituto CNV (comunicação não-violenta) Brasil. 

1° Bloco: Quais as principais barreiras para uma comunicação assertiva? 
Andrea Nunes diz que isso está muito ligado ao estresse crônico que acaba comprometendo a parte executiva do cérebro, a memorização, o pensamento estratégico e a adaptação da comunicação ao outro. Pois comenta que saber comunicar não é somente falar bem, mas também saber ouvir. Diz também que o conflito é inerente à diversidade das ideias, mas a falta de compreensão faz com que se perca a relacionalidade e também a produtividade. Além disso, comenta que muitos dos problemas ocorrem pela falta de flexibilidade das opiniões e de analisar os contextos. 
Nolah Lima expõe que o julgamento é umas das coisas que mais atrapalha, pois a partir do momento que se emite um juízo a pessoa passa a querer dar razões do porquê disse aquilo, contra-atacando ao invés de analisar a própria questão. Isso ocorre segundo Nolah, porque aprendemos a reagir à crise com o ataque e a defesa em vez de trazer a verdade da vulnerabilidade. Nesse sentido, ocorre que ao invés da pessoa dizer que eu não está bem, ela chega gritando, atacando e cobrando. Tudo isso é prejudicial a empresa, pois impacta no clima organizacional, no engajamento da equipe, na motivação da relação de trabalho que acaba também interferindo nos resultados. Ou seja, não somente sob o aspecto emocional, mas também dos resultados práticos que a empresa alcança. 

2° Bloco: Técnicas para ajudar a melhorar a habilidade de ter uma comunicação assertiva 
Nolah comenta que não se trata de ser a melhor amiga da pessoa, mas sim de ter a capacidade de ouvi-la, de ter empatia e de buscar compreender sua realidade. Acrescenta também que a violência e agressividade na comunicação organizacional não é somente quando há gritos, as vezes até mesmo um feedback 'calmo' pode ser falho por machucar o outro na forma como é colocado. 
Andreia acrescenta que para melhorar a comunicação é necessário criar o hábito de perguntar como realmente as pessoas estão através da promoção de momentos para ouvir o outro. Também apresenta que em meio ao estresse é necessário fazer pausas. Por fim, coloca a importância do autoconhecimento nesse processo de compreensão de si mesmo para contribuir em melhorias no relacionamento com o outro. 

Disponível no Site, no Spotify e Youtube. 
Referências: 
Site: https://vocesa.abril.com.br/podcast/conheca-o-radio-peao-novo-podcast-da-voce-s-a/
Spotify: https://open.spotify.com/episode/2W7nuajq7kjt8begFh4iA6?si=7hI5YbCqR0et_Oq0IJ_OCA
Youtube: https://youtu.be/rpTzwmCPgB0

Comentários

  1. Interessante o nome, só faria provocações em relação a essa ideia de "comunicação assertiva": primeiro porque parece que ela dialoga com a teoria dos efeitos, segundo porque parece não perceber que a comunicação é o material da interação humana. Mas isso fica para o debate.

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